terça-feira, 31 de março de 2009

Padrastos são principais suspeitos de abuso sexual, diz pesquisa

Padrastos são principais suspeitos de abuso sexual, diz pesquisa
Estudo foi feito com denúncias feitas em Maceió, entre 2002 e 2007.Neste ano, Disque 100 recebeu 4,7 mil denúncias de todo o país.
Do G1, em São Paulo
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Uma pesquisa feita pelo Centro de Estudos Superiores de Maceió (Cesmac) indicou que o abuso sexual de crianças e adolescentes geralmente é cometido por pessoas conhecidas da vítima. Segundo reportagem da Agência Brasil, o levantamento foi feito com base em denúncias apresentadas na cidade entre 2002 e 2007 e mostra que o padrasto aparece em primeiro lugar como agressor. "Tivemos 311 casos e em primeiro lugar no ranking de abusadores a figura que aparece é a do padrasto, seguido de tios e avós. Ou seja, sempre pessoas vinculadas à família", disse o professor de psicologia Liércio Pinheiro, que coordenou a pesquisa.

O professor afirmou que abuso sexual é diferente de pedofilia. "A pedofilia é um distúrbio. O pedófilo é aquele que tem um comprometimento mental, que tem um desejo incontrolável por criança. Nem todo mundo que abusa sexualmente de uma criança sofre desse distúrbio que é a pedofilia." De acordo com ele, o aumento no número denúncias de abusos abuso sexual de crianças e adolescentes nos últimos anos não reflete o crescimento do número de casos e sim a conscientização da sociedade. "O abuso sempre houve. O que nós estamos presenciando agora, principalmente com a ajuda da mídia em divulgar o abuso sexual para a sociedade, é um maior esclarecimento das famílias, principalmente para que a mãe e outros familiares possam estar atentos para fazer denúncia", avaliou Liércio. Pinheiro disse que a criança que sofre abuso sexual normalmente apresenta alterações de comportamento, como choro repentino, depressão e agressividade. "Deve-se observar o comportamento dela [da criança] em casa, se há uma alteração na sua rotina e, principalmente, se ela apresenta crises de choro sem motivos aparentes." Em Alagoas, as vítimas de abuso sexual são atendidas pelo Centro de Apoio às Vítimas de Crime. Uma das coordenadoras do centro, Taísa Costa, explica que as crianças e adolescentes recebem um atendimento interdisciplinar, com advogado, assistente social e psicólogo.
Disque-denúncia
Criado em 2003, o Disque 100, que registra casos de violência contra crianças e adolescentes, já encaminhou quase 90 mil denúncias em todo o Brasil. Só neste ano, já foram 4,7 mil registros, 31% deles relativos à violência sexual, 35% à negligência e 34% a casos de violência física e psicológica. Proporcionalmente, o Distrito Federal é a unidade da federação com maior número de denúncias. Por último, está o Amapá.

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