terça-feira, 19 de maio de 2009

Deputado acusado de estupro diz ter a consciência tranqüila

Deputado acusado de estupro diz ter a consciência tranqüila
18 de maio de 2009 • 13h16 • atualizado às 17h20

MARINA MELLO
Direto de Brasília
O deputado federal Gervásio Silva (PSDB-SC), que é acusado de estupro e será julgado no Supremo Tribunal Federal (STF), negou o crime nesta segunda-feira e afirmou que tem a "consciência tranqüila". Na denúncia contra o parlamentar, a suposta vítima afirmou que teria sido atacada após ter pegado uma carona com Silva no município de Curitibanos (SC) até Florianópolis.
Como, ao ser examinada, a vítima teria apresentado indícios de agressão sexual, a denúncia foi acatada pelo Ministério Público Federal (MPF) que a submeteu ao Supremo Tribunal Federal (STF), já que, por ser parlamentar, o deputado goza de foro privilegiado.
Nesta segunda-feira, o parlamentar conversou com a reportagem do Terra e se defendeu das acusações. "Eu estou com a minha consciência tranqüila porque tenho certeza que vou conseguir provar a minha inocência", disse o deputado.
O parlamentar lamentou estar passando pelo o que ele chamou de "fato desagradável", mas ressalta que todo homem público está sujeito a problemas deste tipo. "É sem dúvida um fato desagradável, mas um homem público está sujeito a isso", disse.
O deputado afirmou que vai fazer ainda esta semana um pronunciamento no plenário da Câmara no qual pretende prestar esclarecimentos aos deputados e à sociedade brasileira.
"Infelizmente o caso teve a repercussão que teve. Diante disso, pretendo fazer um pronunciamento sobre isso porque devo satisfação a meus pares e ao País", disse.
"Eu não seria capaz de praticar as barbaridades que me acusam, quem me conhece sabe. Posso andar de cabeça erguida", completou.
O STF não revela detalhes porque o caso segue em segredo de Justiça. Mas ao chegar na Suprema Corte, o relator do processo, ministro Ricardo Lewandowski, votou pela rejeição da denúncia por julgar que não existiam indícios da autoria do fato imputado ao deputado.
Os ministros Carlos Alberto Menezes Direito e Eros Grau acompanharam o relator em seu voto. Já a ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha e os ministros Joaquim Barbosa, Carlos Ayres Britto e Marco Aurélio decidiram acatar a denúncia apresentada pelo Ministério Público. Desta forma, o caso segue no Supremo ainda sem data para ser julgado.

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