sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Nova ministra focará combate à violência contra a mulher

Nova ministra focará combate à violência contra a mulher


por Folha Online





"Sou mineira, chego devagar. Melhor deixar um legado muito importante que sair fazendo barulho e não conseguir fazer nada." A frase foi dita pela nova ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Iriny Lopes, durante a transmissão do cargo, na manhã desta segunda-feira.

A temática da secretaria esteve em alta durante a campanha eleitoral, quando a descriminalização do aborto ficou no foco das discussões. Questionada sobre a ampliação do abortamento legal, Lopes lembrou o compromisso feito pela presidente Dilma Rousseff de não dar o pontapé para a alteração da lei. "O debate é com o Congresso."

Lopes disse que dará continuidade aos trabalhos da secretaria e terá foco no combate à violência contra a mulher e à miséria. "Como vamos colocar as mulheres para trabalhar e serem autônomas se os filhos continuarem sendo tarefa exclusivamente feminina? Temos que aprofundar o papel do Estado e trabalhar a cultura da responsabilidade dos filhos", afirmou.

Lopes ainda prometeu trabalhar lado a lado com a sociedade civil organizada.

A transmissão do cargo foi marcada pelo clima de informalidade e emoção pelas despedidas. Depois de agradecer o apoio durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, a ex-ocupante da pasta, Nilcéa Freire, desejou sorte à nova ministra. "Quero dizer para você, Iriny... que desejo um enorme sucesso." No meio da frase, não conteve o choro. "Como o presidente Lula chora, a gente não tem mais vergonha de chorar. Está liberado", brincou Freire.

Estavam presentes o presidente do PT, José Eduardo Dutra, a secretária nacional de mulheres do PT, Laisy Moriére, a nova ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Luiza Bairros, além de congressistas, deputados estaduais, integrantes do governo e do movimento social.

Dutra era o único homem sentado à mesa do evento, entre três mulheres, e cumpria a "cota masculina", brincaram as demais participantes da mesa.

Ao final, a nova ministra foi questionada se deixaria a secretaria para concorrer à prefeitura de Vitória em dois anos. "É um assunto para depois, os desafios aqui vão dizer", se esquivou.

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