02 de abril de 2012 • 15h55
A violência no entorno do Distrito Federal faz das mulheres vítimas frequentes. No município goiano de Águas Lindas, a 50 km de Brasília, a Delegacia de Atendimento à Mulher registra 80 casos de agressões domésticas por mês. Diariamente são registrados, ao menos, dois casos, mas os policiais já chegaram a receber até seis queixas em menos de 24 horas. Por ano, a estatística assusta: são 960 mulheres agredidas, de acordo com a coordenadora do Centro de Apoio à Vítima de Crimes de Águas Lindas, Rosa Maria dos Santos.
Rosa participou nesta segunda-feira de audiência pública na Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo do Senado, a primeira de uma série de audiências que pretende discutir alternativas para o desenvolvimento autossustentável e a geração de emprego e renda na divisa de Goiás com o Distrito Federal. A audiência também teve a participação de representantes do governo do Distrito Federal e da Força Nacional de Segurança, que está reforçando o policiamento na região do entorno do DF, uma das mais violentas do País.
As mulheres vítimas de violência em Águas Lindas não contam com uma casa de passagem para acolhê-las e, por isso, ficam ainda mais desprotegidas, explicou Rosa Maria dos Santos. As estatísticas da Delegacia de Atendimento à Mulher, segundo ela, mostram a gravidade do problema, principalmente porque o governo federal acabou com o projeto que havia sido implantado no município para atendimento das vítimas de violência, que era vinculado à Secretaria de Direitos Humanos do Ministério da Justiça, segundo ela.
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