segunda-feira, 20 de abril de 2009

Naiá Duarte e a liderança feminina evangélica:Noticias do I Seminário de Estudos Espaço Mulher / 2009

Noticias do I Seminário de Estudos Espaço Mulher / 2009
No dia 30 de março de 2009 no Auditório Teotônio Villela da Assembléia Legislativa de São Paulo, com o apoio da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos das Mulheres ocorreu o I Seminário de Estudos Espaço Mulher / 2009, com a apresentação do tema geral: “Das novas leis em defesa dos Direitos das Mulheres até a realidade atual em nossa sociedade” proferido por Elisabeth Mariano - presidenta do Instituto ESPAÇO MULHER, que expôs as justificativas para o evento, com base em pesquisas feitas junto as Ongs e militâncias do gênero feminino. E, principalmente da aceitação sobre o tema, que surpreendeu e demonstrou a necessidade deste tipo de estudos.
A palestra de abertura: “As Novas Leis que defendem os Direitos das Mulheres” teve como conferencista a Exmª deputada estadual e advogada Ana Perugini – coordenadora da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos das Mulheres, a qual abordou os vários momentos das mulheres na sociedade brasileira, e a importância das mulheres, que mesmo se profissionalizando e trabalhando, continuam sendo mãe se donas de casa. Referenciou a Lei Maria da Penha, dentre outras que mais beneficiam a mulher na condição de mães. Enfatizou as diferenças de salários e a dificuldade de se ter mais mulheres com representatividade nas carreiras políticas.
Na mesa que apresentou os depoimentos: “A realidade das lideranças sociais femininas que atendem mulheres carentes em vários segmentos da sociedade”:
A prof ª Naiá Duarte (Projeto MULHER VIVA entidade da Igreja Batista do Centenário, Santos/SP, que atende mulheres vitimadas por agressão e as encaminha para tratamentos assistenciais, médicos, psicológicos, jurídicos, emocionais) apresentou as principais dificuldades encontradas para atender as vitimas agredidas em finais de semana, feriados em que as delegacias da mulher se encontram fechadas, em sua região. E também da falta de informação das instituições governamentais para esclarecer os direitos das vítimas, e, que percebe que quando elas vão acompanhadas do advogado da entidade o atendimento é diferente do que quando elas estão sozinhas, buscando socorro e os seus direitos. E que a Lei Maria da Penha regula as violências dentro de uma casa, e não no que ocorre fora dela, incluindo nos órgãos governamentais.
A sra. Norma Gulart Ballarini (Mãe Norma) presidenta da Instituição de obra social do “Templo de Umbanda Cacique Pai Pena Branca”, que atende mulheres e crianças carentes da região norte de São Paulo) explicou sobre os tipos de preconceito e discriminação que sofrem por causa de sua religião, e que na tem nenhum tipo de apoio para socorrer as vitimas. Que, em seu templo, escuta muito as confidências das mulheres e procura orientá-las, e, pelo fato de muitas serem pobres, e morarem em periferias também há muita dificuldade de encaminhamento jurídico para elas. Por isto costuma orientar que deixem os vizinhos e parentes informados das violências e procurem abrigos junto a eles também. Também ressaltou que a sua religião não consegue ir em hospitais dar benção final aos pacientes e devotos de sua religião, quando em fase terminal, permitido as outras religiões.
A pedagoga Marilda dos Santos Lima da Silva (Supervisora pedagógica do Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto - ligado à Pastoral do Menor. Hoje, em suas 57 unidades, atende 7600 crianças, adolescentes e jovens e 450 adultos em situação de rua. Atende ainda, 200 idosos e 1.672 famílias pelo Programa Ação Família) apresentou que trabalham com as mulheres e meninas de rua, totalmente abandonadas pela sociedade. Que é grande a preocupação com as meninas e adolescentes, pois o risco é bem maior para elas. E, considerou que até uma mulher reconhecer em si própria que está sendo vítima e ter que sair em busca de socorro é um processo muito doloroso ara ela, ter que expor este fracasso em sua vida, a dor e o tormento, abala muito cada mulher, independente da classe social que seja, E que ao ser recebido por uma instituição ou órgão público precisa se ter esta consideração e saber compreender este sentimento da vítima que busca socorro. A sua palestra foi intercalada e finalizou com um refrão musical acompanhado por um violonista.
A breve análise dos depoimentos apresentados foi feita pela doutora e socióloga Tatau Godinho (é assessora parlamentar da Liderança do PT na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo. É doutora em Sociologia pela PUC-São Paulo e militante da Marcha Mundial das Mulheres e tem se dedicado em particular ao trabalho feminista na área política. Dirigiu a Coordenadoria Especial da Mulher da Prefeitura do Município de São Paulo, entre 2001 e 2004 e foi Sub-secretária de Programas e Ações Temáticas da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres do governo federal em 2005) ela considerou todas as dificuldades e reivindicações apresentadas por cada uma das palestrantes, os pontos em comum e os diferentes, ressaltou que considera importante mais consideração com as vítimas na hora de atendimentos, que as delegacias da mulheres realmente precisam estar abertas em finais de semana e feriados onde ocorrem mais crimes e violências contra as mulheres, e, enfatizou a necessidade de atuação das defensorias publicas mais especializadas para este tipo de atendimento. Também considerou de grande valia esta modalidade de evento que o ESPAÇO MULHER proporcionou, pois demonstrou a todas, que as dores, sofrimentos e as dificuldades são de todas as mulheres, que acontece não apenas com uma, mas com a maioria, e que o trabalho em grau ajuda a vencer esses obstáculos e a solidão dessas buscas de direitos para as mulheres.
A advogada Rosmary Correa - delegada Rose) - presidenta do Conselho Estadual da Condição Feminina do Estado de São Paulo – não compareceu por falecimento de sua mãe.
A palestra “A Intolerância na sociedade atual como uma obstrução ao sucesso da carreira profissional” foi proferida escritor e mestre professor Antônio Carlos Cassarro (empresário, conselheiro do CRA/SP, administrador). Ele explicou sobre os tipos de intolerância, e o aspecto educacional familiar, em que desde a tenra idade é preciso se trabalhara a aceitação das outras pessoas. E, o respeito às deficiências, religiões, e principalmente as pessoas idosas, lembrou que sogros e sogras também são pais idosos da família. Sua palestra foi muito bem sucedida e o prof. Cassarro está sendo entrevistado na Rádio ESPAÇO MULHER (desta edição), tendo liberado sem reclamar direitos autorais o Powerpoint de sua apresentação no evento, que você poderá acessar no link do EAD ESPAÇO MULHER (desta edição).
A palestra “A Honra das Mulheres (sob ponto de vista de direitos humanos, cível e penal)” foi proferida pelo conferencista advogado e escritor e mestre professor Eduardo Salles Pimenta motivou muito o interesse das participantes, tendo sido ele inclusive entrevistado pela TV ALESP sobre o mesmo tema. Demonstrou historicamente o aspecto da honra das mulheres em relação aos casamentos de antigamente; e o que constava nas constituições anteriores, e o aspecto legal que existe sobre a honra, e depois enfatizou a sua experiência quando defensor público, e que agia na conciliação de casais, quando a ofensa era acerca da honra. Citou passagens de seu livro “Ataraxia” e o que é o puro amor e a tranqüilidade da alma.
A escritora e professora doutora Teresinha Covas Lisboa, deveria apresentar o tema: "O sentimento da Mulher Vítima diante do Assédio Moral nas Organizações Contemporâneas", não compareceu por motivos profissionais.
O momento artístico ficou ao cargo da Sra. Maura Fernandes (compositora, cantora e violonista) apresentou um “poupourri” de refrões musicais antigos até aos atuais que se referem sobre as mulheres, tendo alegrado muito as participantes, que cantaram e aplaudiram muito. Ela também apresentou musica e letra de sua autoria pois tem gravado os CDS e intitulados: “SEMENTES DE LUZ” volume I e volume II (para adquiri-los peça pelo e-mail: fernandesmaura@yahoo.com.br).
A declamadora e poetisa Sra. Diva Zanini (A Gauchita) não compareceu por motivo de saúde, que lhe exigia repouso.
As/os participantes representavam acima de noventa entidades associativa, sindicais e ONGs, além de governamentais, de secretarias municipais do interior e da capital.
Foram solicitados novos debates sobre os temas para apresentarem também seus depoimentos.
O APOIO INSTITUCIONAL foi Conselho Nacional de Relações Públicas – 2ª Região SP/PR e da UBE - União Brasileira de Escritores.
A mesa de abertura contou com representantes do Sindicato das Secretárias, da área acadêmica da PUC, Profª Drª Marilena Zanon; e da UBE / União Brasileira de Escritores, escritora Débora Novaes de Castro; representando as ONGs assistenciais a pedagoga Marilda dos Santos Lima da Silva; e representando a área parlamentar a doutora e socióloga Tatau Godinho. Representando o Exmº Desembargador Henrique Nelson Calandra, presidente da APAMAGIS - Associação Paulista dos Magistrados estava a Profª. Haydée Aparecida Mariz de Oliveira. As outras entidades foram sendo citadas mediante formulários que preenchiam.
A realização do I Seminário de Estudos Espaço Mulher / 2009 foi feito em parceria com o gabinete da deputada Ana Perugini, coordenadora da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos das Mulheres, e a organização e coordenação foi feita por Elisabeth Mariano, do Instituto ESPAÇO MULHER – O evento comemorativo aos 22 anos do Projeto ESPAÇO MULHER.

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