'Quando as vítimas são jovens e crianças, na maioria das vezes, os agressores são os pais ou responsáveis diretos', afirma especialista
Ascom/ Sesau
Entre os vários tipos de violência praticada contra a mulher, a criança e adolescente, o abuso sexual ocupa a maior prevalência. E quando as vítimas são jovens e crianças, na maioria das vezes, os agressores são os pais ou responsáveis diretos. A afirmação é da médica Virgínia Beatriz Sarmento, que participou nesta quarta-feira (10), como palestrante de um mini curso sobre o tema promovido pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) por meio da Diretoria de Atenção Básica (DAB), no auditório do Centro de Referência à Saúde do Trabalhador (Cerest).
Segundo a médica, a prevenção da violência contra a mulher, criança e adolescente deve envolver vários aspectos, iniciando pela família, envolvendo a participação do pai nos cuidados com os filhos desde o pré-natal. “Alem disso é preciso identificar as famílias de risco e desenvolver o trabalho na escola. Enfim, é preciso o envolvimento de todos os segmentos da sociedade para uma mudança de mentalidade e a promoção da cultura de paz”, complementou.
De acordo com informações da odontóloga e técnica da área de Saúde da Criança e Adolescente da Sesau, Elizabeth Lessa, o curso foi destinado aos profissionais de saúde e educação que trabalham com adolescentes nos municípios, objetivando capacitá-los para identificar os casos de violência e fazer a notificação nos serviços de saúde pública para o devido enfrentamento.
Bullying
Outro palestrante do mini curso foi o médico e psicólogo do DAB/Sesau, João Facchinette, que abordou sobre os tipos de violência contra a criança e adolescente praticada na escola, destacando o bullying (comportamentos agressivos no âmbito escolar, praticados tanto por meninos quanto por meninas) como uma violência psicológica de graves conseqüências, a exemplo de atraso escolar, abandono dos estudos, baixa auto-estima, dificuldade de se firmar no mercado de trabalho e até nas relações conjugais.
O bullying é caracterizado por atos de violência (física ou não) que ocorrem de forma intencional e repetitiva contra um ou mais alunos que se encontram impossibilitados de fazer frente às agressões sofridas. São agressões sem motivações específicas ou justificáveis, onde de forma “natural”, os mais fortes utilizam os mais frágeis como meros objetos de diversão, prazer e poder, com o intuito de maltratar, intimidar, humilhar e amedrontar suas vítimas.
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