quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Líder religiosa condena actos de violência contra mulher


Líder religiosa condena actos de violência contra mulher

Lunda Sul



Saurimo - A líder das mulheres da Igreja Adventista do Sétimo Dia na província da Lunda Sul, Maria de Fátima Cajimoto, encorajou hoje, em Saurimo, as mulheres a exercerem o papel de educadoras da sociedade, pautando pela reconciliação e paz.

A responsável, que falava à imprensa no final do acto que marcou a abertura dos 16 dias de activismo contra a violência, acrescentou que as mulheres religiosas devem assumir-se como livres de todo o tipo de violência, porque a religião é a favor da unidade, solidariedade, união e conversa.

"A nossa tarefa tem sido ajudar a perceber o modo de vida que a sociedade deve levar, porquanto a mulher, responsável pelos filhos, também tem de o ser na luta contra a violência", defendeu.

Sublinhou que uma mãe violenta não é uma boa dona de casa, logo fica sem poder ser uma chefe de família exemplar.

Por seu turno, a directora provincial da Família e Promoção da Mulher, Maria Teresa Cambolo, que liderou a marcha e presidiu o acto de abertura dos 16 dias de activismo contra a violência, lembrou o dia 25 de Novembro como data que deu início à Campanha Mundial pelos Direitos Humanos das Mulheres, sob coordenação do Centro de Liderança Global da Mulher.

A responsável, que falava em representação da governadora Cândida Narciso, apontou os constrangimentos que as mulheres têm vivido devido aos índices de violência nas famílias, principalmente a fuga à paternidade e suicídios na juventude.

"A vida é um direito de personalidade, cuja protecção vem consagrada constitucionalmente. Ela é um bem indispensável que não se pode tirar a belo prazer. Pensamos que todas as forças da sociedade são chamadas a pôr cobro a essa situação", disse.

As mulheres auguram que seja aprovada a lei da violência doméstica, para que se discipline qualquer cidadão que opte pelo mal e não pelo diálogo, defendeu.

O cidadão António Francisco Beto apontou o diálogo como a melhor via para solução dos conflitos ou desentendimentos, pois a violência não dignifica a ninguém.

Por sua vez, Domingas Dragão, que disse nunca ter sido alvo de violência, considera que os homens têm sido os principais praticantes de violência, sobretudo doméstica. Apontou o facto de muitas mulheres no campo, além de trabalharem nas lavras, terem que cozinhar para o marido, sob pena de serem espancadas.
O dia 25 de Novembro foi instituído em 1999 pela Organização das Nações Unidas (ONU) como Dia Internacional de Luta Contra a Violência sobre a Mulher e tem por objectivo homenagear as irmãs Mirabal (Pátria, Minerva e Maria Teresa), assassinadas pela ditadura de Leónidas Trujillo, na República Dominicana.

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